O crepúsculo dourado
unge os montes. Que saudade
de toda espiritualidade
do meu passado
de lavrador!
Teço a trama da vaidade.
A vida, em torno, é um vão rumor.
Ó lembranças mansas da infância!
Eu tenho a pena na mão
(a lançadeira do meu tecido...)
e os olhos olhando o vago...
E dessa névoa distante
vindes atadas em ronda
dançar a ciranda festiva
à roda do meu silêncio...
Teço a trama da vaidade.
A vida, em torno, é um vão rumor.
***
Tento sair de mim,
romper-me, como um jacto de lava.
Mas quanto podem, ó Vida,
as tuas mãos femininas,
felinas,
os teus passes
de hipnotizadora!
Sou o teu leão manso,
ó domadora!
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
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