Páginas

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Delírio

Entre febris visões tumultuárias,
sinto que vens... parece-me entrever-te
o côncavo perfil, mau e solerte,
feio como o das bruxas visionárias.

Vens do Inferno ou do Caos: tremo de ver-te.
Teus olhos, onde morrem luminárias,
lembram-me duas covas solitárias
cuja sombra escondesse um charco inerte...

Teu manto real... são súplicas, gemidos,
farrapos de indigentes e vencidos
e lamentos de mães, choros de irmãs...

E vais, como os duendes monstruosos...
e onde andaram teus passos vagarosos
fica o silêncio atroz das cousas vãs...

2 comentários:

Astride Brandão disse...

Olá, sou neta do Wellington, filha do Carlos Olinto Brandão. Que postou as poesias..Parabéns..
Astride

Lucas Brandão disse...

Ei Astride, quem postou fui eu, o Lucas, filho da Vitail. Esta foi a forma que encontrei de fazer com que o Dr. Wellington esteja sempre vivo. A página está um pouco desatualizada, mas já postei um bocado de coisas. Todo ano, no dia de seu aniversário, fazemos um sarau em memória de Wellington no meu bar. É muito bacana. Abraço proce.