Amo as palmeiras, lépidas, esguias,
no seu orgulho vegetal de eleitas,
soberanas, altíssimas, perfeitas,
nas solidões monótonas, vazias.
Como as almas heróicas, arredias,
nunca da vida à lutulência atreitas,
numa ascensão sem curvas, vão direitas
pompear bem no alto as verdes energias...
Cegonhas vegetais, têm, ao poente,
qualquer cousa de extático e dolente
no lago de ventura em que dormitam...
Lembram, na paz dos côncavos tristonhos,
as almas que fizeram de seus sonhos
a torre solitária em que meditam!
terça-feira, 3 de novembro de 2009
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