Faze da tua inteligência uma trama dourada
e põe dentro dela o coração.
E do teu egoísmo, uma angústia calada.
E da tua alegria,
como que uma eucaristia:
o pão
que outros comam contigo num banquete espiritual
de esperança, de graça, de consolação.
E da tua dor,
o ofertório melhor,
a oblação maior
da tua bondade,
da tua iluminada solidariedade,
da tua vigilante piedade,
e do teu heroísmo e do teu amor:
que a dor só vinga e transfigura
se dói por bem da dor alheia;
se nela choram outras dores inconsoladas:
a dor das mãos inutilmente calejadas;
a dor dos que semeiam em vão;
a dor das bocas murchas pela desventura;
a dor dos corações que rebentaram
nas explosões de um desespero irremediável.
Diviniza a tua imperfeição
na perfeição de uma existência amável.
E sê bendito se errares
e pecares
pelo coração.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
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