Meu sertão, meu país de lendas encantadas,
padecendo e cantando a tua ironia obscura:
heróico e sem valor, feliz e sem ventura...
Meu sertão, meu país de trovas magoadas!
Ó pioneiros da sombra! Ó raça austera e dura;
que o amor amolece, e as noites enluaradas...
Distâncias a sorrir no alvor das madrugadas,
- meu Sertão, meu país de lenda e de ternura!
Transviei-me de ti, no erro de gerações
que bambearam em prol de estranhas ambições...
mas, sou teu e resumo a tua imensa dor:
ouço-te em mim, em mim te sinto, e tua alma vária,
vive em mim, na saudade, a tua alma solitária,
encharcada de luar e trêmula de amor!
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
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