Planges, e choras, e soluças, e erra,
na simpleza das tuas melodias,
o largo anseio das melancolias
da mais triste das raças que há na terra!
Que dúlcidas tristezas não encerra
tua alma! Moram nelas noites frias,
luares, saudades, queixas e agonias
pores de sol e solidão da serra...
És grande como a dor que simbolizas,
és simples como a dor que sintetizas
e vives, em tuas cordas, a sonhar,
ó instrumento solitário e chão,
Que expandes, pelas noites de luar,
a alma rude e sonora do sertão!
terça-feira, 3 de novembro de 2009
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